|SEIVA| O despertar feminino

Grupo feminista realiza encontros para reunir e fortalecer mulheres em Belém

Foto: divulgação

Iniciativas que fortalecem movimentos, atualmente, causam muito impacto em grupos sociais. O grupo Tenda Vermelha não é diferente, inspirado em projetos com o viés feminista e criados nos Estados Unidos, a tenda foi armada em solo paraense e direcionada apenas para a participação de mulheres. Hoje, seis mulheres fazem parte da organização do grupo e impactam outras vidas, que marcam presença nos encontros noturnos.

Ao surgir em março de 2018, com o propósito de fortalecer mulheres, o grupo reuniu mulheres em encontros realizados em espaços colaborativos da cidade das mangueiras. “Começou no meio de um lugar assim, um lugar no qual a gente queria reunir mulheres movimentadoras, mulheres que lideram em algum cenário, algum negócio, no espaço onde ela circula e reunir em um propósito de fortalecer essas mulheres”, explica Luana Couto, publicitária e co-criadora da Tenda Vermelha. Através da dinâmica focada na leitura e discussão de textos, o grupo compartilha conhecimento e promove reflexões com, no máximo, 30 vozes femininas.

“Começou no meio de um lugar assim, um lugar no qual a gente queria reunir mulheres movimentadoras, mulheres que lideram em algum cenário, algum negócio, no espaço onde ela circula e reunir em um propósito de fortalecer essas mulheres”

Ao falar mais sobre o grupo, Luana Couto compartilha a origem do nome “Tenda Vermelha”. A escolha do nome faz referência a antigas tradições ligadas a mulheres tribais que, durante o período menstrual, se reuniam dentro de uma tenda vermelha. A crença era de que elas tinham uma conexão maior com o mundo espiritual nesse período. Toda a tribo esperava a saída das mulheres para previsões e orientações sobre assuntos como plantio, colheita e possíveis ameaças. “Essas mulheres eram líderes dessas comunidades nesse aspecto da conexão com a terra, da conexão com a espiritualidade”, ressalta Luana.

A publicitária, que hoje aperfeiçoa os conhecimentos em Filosofia, afirma que, no primeiro momento, o foco do grupo foi na teoria feminista e em tentar fazer com que as mulheres entendessem de fato o feminismo. Depois, a relação da mulher com o poder começou a ser abordada. “Existe esse feminismo comercial, que é abordado principalmente na mídia e que fala muito desse empoderamento, mas que não é bem assim”, diz.

A presença do grupo nas redes sociais é essencial para compartilhar os livros abordados e a essência do conteúdo discutido. Foi em uma rede social que a advogada, Natasha Vasconcelos, encontrou Luana. Com interesse no movimento feminista, mais voltado para o campo da política, Natasha foi convidada a fazer parte do projeto, ainda na fase embrionária. Ao fazer parte ativamente da cofundação, ela afirma que é possível visualizar como esse espaço modifica as pessoas. “A gente consegue visualizar muito isso, como que ele modifica as pessoas, como ele modificou a gente e tem ensinado a gente todos os dias a colocar na prática tudo aquilo que a gente tem contato na teoria através da tenda”, afirma.

“A gente consegue visualizar muito isso, como que ele modifica as pessoas, como ele modificou a gente e tem ensinado a gente todos os dias a colocar na prática tudo aquilo que a gente tem contato na teoria através da tenda”

Os planos para a Tenda Vermelha envolvem uma expansão no projeto. O grupo pretende, além de continuar com os encontros presenciais, ser uma organização sustentável, no modelo de agência de consultoria de igualdade de gênero. “A gente deve atuar junto a marcas também, que tem esse desejo de criar um espaço mais amistoso e mais justo pro crescimento dessas mulheres internamente”, explica Luana.

Quer conferir mais sobre a Tenda Vermelha, a visão da Luana Couto e da Natasha Vasconcelos? Assiste a entrevista aí, é só clicar no play!


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